Malala ilustra capa de post com história de mulheres inspiradoras

Mulheres | Como ir além das homenagens do mês de março

O que significa o Dia Internacional da Mulheres

Durante o mês de março, nós fizemos uma série de postagens em nosso perfil no Instagram para apresentar algumas mulheres que se tornaram conhecidas por suas trajetórias de superação e conquistas.

A proposta era ir além das homenagens do mês de março, pois, como se tem conhecimento, a origem da data está associada às manifestações em 1909, nos Estados Unidos, a favor da igualdade de direitos civis e do voto feminino. Posteriormente na Rússia, em 1917, as mulheres reivindicaram melhores condições de vida no ambiente de trabalho. Todas essas causas ainda hoje precisam ser debatidas, melhoradas e defendidas.

Marketing de Conteúdo | Se você ainda não usa, esta é a hora para começar

Tanto que, apesar do dia 08 de março ter sido instituído oficialmente como Dia Internacional das Mulheres pela ONU (Organização Mundial da Nações Unidas), em 1975, para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, ela foi adotada apenas por 100 países ao redor do mundo.

Mesmo em países como o Brasil, em que a data é “celebrada” e que muitos avanços foram conquistados, ainda existe muita desigualdade e mulheres sofrendo preconceito, assédios e outras violências dos mais diversos tipos. Agora, imagine: como será a situação dos lugares em que essa data e sua proposta nem são consideradas?

Sendo assim, reunimos nesta publicação todo o conteúdo da série, com o plus de 10 boas práticas que superam qualquer felicitação e/ou presente quando o assunto é equidade de gênero.

Mulheres para você conhecer e se inspirar

Maria da Penha

Mais do que uma homenagem às mulheres, faremos deste momento uma oportunidade para compartilhar com você que nos acompanha aqui, a história e o trabalho de mulheres que têm impactado o mundo através de suas ações e causas.

Para começar, escolhemos Maria da Penha, que em 2002 teve seu nome atrelado à lei criada para combater à violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil.

Maria da Penha sofreu os crimes de violência física, psicológica e tentativa de assassinato pelo seu marido, e passou anos lutando por justiça, uma vez que o Poder Judiciário brasileiro não tinha nada que amparasse as mulheres vítimas de violência em nosso país.

Você já conhecia a história dela?

Malala

Direito à educação, essa é a causa pela qual Malala quase morreu e continua lutando.

A ativista paquistanesa é atualmente um símbolo mundial na luta pelos direitos humanos depois de ter sobrevivido a um atentado quando tinha 15 anos.

Os membros do Talibã a abordaram no ônibus escolar enquanto ela voltava para casa e um dos terroristas disparou três tiros contra a sua cabeça.

Ela foi socorrida e internada, permanecendo hospitalizada até apresentar alguma melhora e ser exilada para a Inglaterra, junto de sua família.

Em 2014, aos 17 anos, Malala Yousafzai tornou-se a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, título que pertence a ela até hoje.

Quer conhecer mais da trajetória da Malala? Leia a sua autobiografia: “Eu sou Malala – A história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã”, escrita por Malala, em parceria com a escritora Christina Lamb, e publicada em 2013.

Elza Soares

Elza foi uma mulher que sofreu por ser mulher, por ser negra, por sua origem e pelas escolhas que fez ao longo da vida.

Sobreviveu à violência doméstica e sexual, preconceito, calotes, perseguição e inúmeras perdas marcaram a sua trajetória, o que a levou à depressão e às drogas. Contudo, nada disso parou a Mulher do Fim do Mundo.

Venceu a fome, realizou o sonho de trabalhar somente com música e partiu deixando uma história que as poucas palavras apresentadas aqui são incapazes de sintetizar.

E, mesmo com sua partida, ainda temos sua voz grave e rouca para nos emocionar e relembrar a potência que foi Elza Soares.

Qual a sua lembrança mais marcante da Elza?

Nise da Silveira

A única mulher entre os 137 alunos que se formaram em 1927 na Faculdade de Medicina da Bahia, Nise da Silveira revolucionou o tratamento psiquiátrico e psicológico em nosso país ao se recusar a seguir as medidas de extrema violência praticadas pelos profissionais durante os tratamentos psicológicos e, a partir disso, procurar alternativas a esse tipo de tratamento

Foi assim que ela chegou à terapia ocupacional e à arteterapia. Mais tarde, se aproximou de Carl Jung, discípulo de Freud e fundador da psicologia analítica, com quem manteve contato e colaborações que resultaram na introdução da psicologia junguiana no Brasil.

Você já conhecia a história da Dra. Nise?

Viola Davis e Michelle Obama

Como Viola Davis interpreta Michelle Obama na minissérie The First Lady, reunimos as duas neste post para relembrar o quão importante é ter referências femininas negras tão bem-sucedidas.

Viola foi a primeira mulher negra a ganhar Oscar, Emmy e Tony Awards, considerados a “Tríplice Coroa da Atuação”. Enquanto isso, Michelle se tornou a primeira afrodescendente a ocupar a posição de primeira-dama dos Estados Unidos.

Nada do que elas conquistaram foi de graça. E o estudo, sem dúvidas, foi essencial para que pudessem vencer muitos de seus desafios. Além disso, elas usaram o poder e a visibilidade que as suas posições lhe trouxeram para se posicionarem e agirem em favor de causas, como a equidade de gênero e o desenvolvimento de lideranças jovens.

É por causa delas, e do que elas têm feito, que meninas e mulheres ao redor do mundo podem também vislumbrar uma realidade diferente para si mesmas. Afinal, é mais difícil sonhar e acreditar ser capaz de algo quando você não encontra nenhum parâmetro.

Você já se inspirou em alguma delas para fazer algo?

Marta

Marta, a melhor do mundo – seis vezes, é bom reforçar –  e maior artilheira em Copas do Mundo (17 gols), no futebol não tem o mesmo reconhecimento e valorização, inclusive no aspecto financeiro, como os homens que se destacaram na mesma profissão.

É recorde! Marta supera Klose e se torna a maior artilheira em Copas do Mundo

De família pobre, Marta só entrou para a escola aos 9 anos, pois a mãe não tinha condições de comprar o material escolar. Foi a única menina em um time masculino e, aos 14, precisou enfrentar a saudade da família e muitos outros desafios para trilhar a profissão que tanto sonhava.

Atualmente, além de referência para meninas e jovens que sonham seguir carreira no futebol, Marta também atua como Embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres, entidade das Nações Unidas dedicada a promover ações que contribuam para a igualdade de gênero e empoderamento feminino.

Só por aí já percebemos o quanto as políticas afirmativas e outras ações que promovam equidade, não apenas de gênero, são necessárias para reduzir as desigualdades impostas e propagadas há tantas gerações.

Agora que você conheceu um pouco a história dessas mulheres inspiradoras, veja algumas práticas necessárias para conviver com as mulheres incríveis ao seu redor, respeitando-as em todos os aspectos:

10 boas práticas que contribuem para equidade de gênero

  1. Respeite-a quando ela estiver falando;
  2. Só toque nela com consentimento prévio;
  3. Respeite-a quando ela disser não;
  4. Evite sobrecarregá-la;
  5. Incentive-a em seus projetos;
  6. Pague o mesmo valor que pagaria a um homem pelo mesmo serviço;
  7. Ofereça oportunidades para ela se desenvolver;
  8. Incentive o debate para ações que contribuam com causas femininas;
  9. Fortaleça narrativas que valorizem a mulher;
  10. Ensine o que você aprende sobre equidade de gênero para outras pessoas.

Qual boa prática você adicionaria?

Divulgue essas e outras práticas que possam contribuir para uma sociedade mais igualitária e melhor para todos, independentemente de gênero.

Nos vemos no próximo post!

1 comentário em “Mulheres | Como ir além das homenagens do mês de março”

  1. Pingback: Infoproduto | Entenda melhor como funciona e como você pode criar o seu - Mutiny - Produtora Audiovisual

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.